terça-feira, 5 de junho de 2012

Numa esquina

Finalmente o meu pensamento está mais dividido, já não passo tanto tempo a tentar analisar o passado, a tentar descobrir onde errei, o que aconteceu. Dou por mim a pensar no futuro, e no que me poderá reservar, e isso é positivo. 

Se há momentos em que a saudade me prende ao passado há outros em que...a fantasia me leva para longe, para possíveis futuros. Encontro-me numa esquina qualquer da vida e tenho de escolher uma direção, não posso atravessar a rua e continuar em frente, tenho de escolher esquerda ou direita. As decisões tornam-se mais fáceis de tomar quando estou acompanhada.

A vida é tão mais fácil quando delego as minhas escolhas, a minha vontade. Sempre lutei pela minha independência, pelo meu livre arbítrio, e dou por mim a desejar ter a quem entregar a minha vontade. Há quem lhe chame desresponsabilização mas para mim é sinónimo de posse, confiança e respeito. É acreditar que a pessoa a quem delego o meu ser me compreende e preocupa-se tanto com o meu bem-estar como com o prazer que pode extrair de mim.

Ainda não sei se é com esta mudança de direção que vou encontrar o meu rumo mas...pelo menos continuo a caminhar, não posso voltar a adormecer.

4 comentários:

  1. estás numa esquina ou numa rotunda?
    não é para te dificultar o rumo...
    é só para te abrir mais horizontes...

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    1. De onde me encontro vejo, para já, duas alternativas possíveis o que não quer dizer que a qualquer momento não possa aparecer uma rotunda com muitas saídas possíveis...espero nessa altura poder partilhar o peso da escolha de direção.

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  2. Como em qualquer caminho se não formos atentos aos "sinais" o mais certo é nos perdermos e irmos direitos a algum recanto mais "escuro" ( ou não).

    Colocando o nosso "ser" nas mãos de alguém, por si só já é algo deveras importante para quem o recebe.

    Espero que ao passar essa esquina não caminho em direcção a uma rotunda sem qualquer tipo de saída.

    Nostredamus.

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    1. Os sinais...ou estão ocultos ou ando distraída!

      Eu deixo sempre em aberto a possibilidade de voltar para trás...pode não ser pelo mesmo caminho, posso ter de me desviar um bocadinho.

      A decisão que tomo é consciente.

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