terça-feira, 30 de agosto de 2011

A melancolia dos dias cinzentos

Hoje está um dia cinzento. Tenho a janela, junto de mim, aberta e consigo ouvir o vento e a chuva que por vezes se fazem sentir. Deixo-me contagiar pela melancolia de um dia sem cor.
Estou sentada em frente ao monitor há algum tempo. Há tanto que gostava de partilhar com o mundo mas parece que tudo em que penso é demasiado íntimo para revelar.

Podia falar sobre a minha relação como o meu Dono, do que Lhe tenho entregue ou do que Ele tem vindo a tomar mas...qualquer texto teria sempre palavras insuficientes para descrever o que estamos a construir. Podia falar das marcas que adornam o meu corpo mas...por muito que as descrevesse não conseguiria transmitir o orgulho que tenho nelas.
Podia falar dos objetivos, das expectativas, dos testes, das lições, podia falar das muitas coisas que determinam uma relação mas...hoje prefiro não o fazer e guardar só para mim o que de melhor tenho.

Há dias assim! Dias em que o mundo se resume a mim e ao meu Dono. E o que tenho para partilhar destina-se só a Ele.

domingo, 28 de agosto de 2011

As "anas"

Sempre tive várias "anas" dentro de mim! A racional, a deprimida, a rebelde, a sonhadora... sou de muita forma, dependendo das circunstâncias e das ocasiões. Reajo de maneira diferente a estímulos diferentes, adapto-me, nem sempre da melhor forma, à imagem que me chega do mundo exterior e com isso o meu estado de alma altera-se.

Recentemente nasceu a "ana" submissa. A mesma que antes era uma personagem fictícia agora é real. Ainda estou a conhecê-la e a tentar perceber quais os estímulos que a acordam e porquê (esta é a "ana" racional à procura de respostas!). Cada vez está mais presente e autónoma.

A submissa que há em mim ganha força na presença do meu Dono. Todas as outras "anas" passam para segundo plano, algumas adormecem mesmo. Basta um pressentir da Sua presença e quase inconscientemente começo a servi-Lo. Tem sido assim desde a primeira vez que O vi, desde que pegou na minha mão e com ela me tomou toda.

A "ana" racional ainda tenta descobrir o que aconteceu nesse momento, o que me levou a à entrega inicial, mas a submissa não precisa de respostas, simplesmente continua a entregar. Sempre que me é pedido que me entregue é a submissa que controla a situação. É ela que se submete à vontade do meu Dono, é ela que O serve.

É como submissa que alcanço o prazer e o conforto emocional, é na submissão que me sinto feliz e realizada.


sábado, 27 de agosto de 2011

Coleira

A coleira foi um dos primeiros símbolos do BDSM que conheci e, para dizer a verdade, gostei muito pouco da mesma. Apreciei o seu significado, entrega/submissão, mas não o objeto em si. Achava que usá-la seria demasiado humilhante independentemente do que queria dizer. Ser tratada como uma cadela não fazia parte das minhas ambições e quem se importasse comigo nunca me sujeitaria à mesma.

Atualmente uso coleira todos os dias, a toda hora, com a particularidade que a minha só é percetível por mim e pelo meu Dono. Está dentro de mim. E, no entanto, hoje apetecia-me usar essa peça de couro bem cingida no meu pescoço.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Tempo

As duas últimas semanas foram muito intensas, tão preenchidas que não tive tempo para escrever. Além do meu Dono, a quem dedico cada vez mais o meu dia, fiz uns dias de campismo e ter a família de férias também alterou o meu quotidiano.

Pela primeira vez preparei as coisas para o campismo no próprio dia. Normalmente era algo que começava uns dias antes criando a lista das coisas necessárias e na véspera já tinha quase tudo emalado mas desta vez não! Mas quando preparamos a mala pela vigésima vez já sabemos de cor o que temos de levar.

Tenho de aprender a gerir melhor o tempo para conseguir manter alguns hábitos, que não quero perder, e acrescentar outros, que agora fazem parte da minha vida. Não quero afastar-me dos amigos, não quero deixar de fazer jantaradas, ou mesmo de acampar, mas cada vez que estou só com eles sinto falta do meu Dono e demora até sentir-me compensada da Sua ausência.

Mas há tanta coisa nova a acontecer, tantas emoções por descobrir, que adorava conseguir esticar o tempo, para saborear devagar, devagarinho tudo o que o meu Senhor proporciona.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Trinta dias

Fez ontem um mês que conheci o meu Dono! Quando olho para trás, e penso em tudo o que já vivi com Ele...custa-me a crer que só tenham passado 30 dias! Muita coisa mudou, outras mantêm-se na mesma mas... eu já não sou a mesma pessoa que era...estou muito melhor!

O caminho não é regular, há momentos fáceis e outros bem difíceis de ultrapassar. Há sempre questões que precisam de resposta, dúvidas que não consigo esclarecer à primeira, conflitos interiores que tenho de aprender a resolver. Não é uma guerra mas... pelo meio vão havendo algumas lutas... Até agora sinto que as temos vencido todas e cada conquista é mais uma vitória que contribui para a minha felicidade.

A entrega não é fácil e não chega ter vontade. Atingir a entrega total...um objetivo que precisa de muito empenho e trabalho. Não basta querer... é preciso sentir. Eu quero entregar cada vez mais mas...ainda há partes que não consigo entregar sem restrições, sem questionar...porque a necessidade de o fazer ainda não se revelou, porque tenho medo de dar algo que nunca mais possa recuperar...

Há muito para aprender e interiorizar. Mesmo coisas básicas como pedir autorização para determinadas coisas... Ainda tenho tendência para decidir sozinha...demoro alguns segundos a perceber que já não estou autorizada para o fazer...e isso...custa-me. Andei anos a lutar pela minha independência para de repente...declinar esse direito! Perceber que tenho uma relação onde as posições estão sempre demarcadas, onde Ele manda e eu devo obedecer...sempre! A minha rebeldia deixa de fazer sentido, funciona apenas como um rastilho que Ele usa como entender...

Depositar o meu ser nas mãos do meu Mestre e permitir que Ele escolha o melhor caminho para mim...nem sempre é fácil! Porque se às vezes eu não me conheço...como posso ter a certeza que Ele me conhece melhor do que eu? Eu confio Nele mas...nem sempre confio em mim!

No entanto...tenho a certeza que estou com a pessoa certa, em momento algum duvidei disso. É com o meu Mestre que vou crescer, é com as Suas orientações que vou chegar ao meu destino. Juntos percorreremos o caminho, alcançarei a entrega total e...como consequência a felicidade mais completa que alguém pode desejar... Servi-Lo é um privilégio que não posso descurar!

Obrigada Senhor, por tudo o que alcançamos em 30 dias e por tudo o que vamos alcançar no futuro. Espero que continue a guiar-me e a trabalhar para me tornar numa pessoa melhor...

Um bem haja ao meu Senhor e Mestre!

Sonho II

Sonhei com o meu Dono novamente! Era já tarde quando me convidou para sair e perguntou se estava disposta a ir a um sítio diferente. Fiquei a pensar onde seria mas rapidamente respondi que iria onde me quisesse levar, pois confio plenamente Nele. Já no carro informou-me que a ideia era irmos a uma casa de Swing, disse-me para não me preocupar e se, por algum motivo, me sentisse desconfortável para o avisar. Não coloquei qualquer obstáculo. Senti um formigueiro na barriga, um nervoso miudinho mas...ao mesmo tempo ansiava por descobrir como seria o sítio.

Paramos em frente a uma casa e disse-me que era só para eu ver como era...não iria fazer nada que eu não desejasse. Mesmo com algumas dúvidas concordei em entrar. Deu-me a mão, ainda bem porque me sentia meio trémula, e guiou-me até à entrada. Fomos recebidos simpaticamente por um casal que nos informou das regras da casa e nos guiou até uma sala ampla, de um lado um bar e do outro alguns sofás. No meio um varão em frente a uma lareira. A música estava alta e fazia lembrar os anos 80.

Dirigimo-nos para o bar e enquanto bebia admirava a cena que se passava perto de mim. Um casal fazia sexo no chão, sem tabus, em frente de uma pequena audiência sentada nos sofás ao fundo da sala. A sala estava pouco iluminada pelo que não conseguia perceber quem estava sentado e o que faziam. Admirei a cena durante algum tempo mas...não achei muito excitante... Pareceu-me demasiado forçado, sem sentimento... demasiado mecânico!

Algum tempo depois o meu Dono perguntou-me se queria visitar o resto da casa. Subimos ao primeiro andar e entramos nos quartos... Dois deles estavam ocupados por pessoas que partilhavam o corpo...apenas o corpo. Permanecemos num deles, onde uma mulher era partilhada por três homens. Encostamo-nos à parede e fiquei a observar em silêncio... talvez por agora juntar o som que emitiam, por ouvir o que diziam, por me aperceber da respiração ofegante, sentia-me mais excitada... No entanto era algo que não conseguiria igualar... A penumbra do quarto permitia que a minha imaginação ganhasse asas, tentando perceber o que realmente se passava à minha frente e adivinhando o que viria a seguir...

Meu Dono, sem nunca largar a minha mão, voltou a perguntar como me sentia e disse que se preferisse podíamos ir embora. Respondi que estava bem e que queria ficar mais um bocadinho... Imaginei-me no lugar da mulher e desejei um dia ser capaz de fazer o mesmo...partilhar o corpo sem receio, vivendo apenas o prazer.

Presenteei o meu Dono com carinho e deitamo-nos na mesma cama onde ficamos ambos a observar. De repente dou por mim sentada em cima do meu Dono. Sentia o pénis a crescer dentro de mim e estava a adorar o momento...gemia timidamente e apreciava o prazer que sentia. Era a primeira vez que fazia amor em frente a outras pessoas... a situação entusiasmava-me e o facto de continuar vestida tornava a cena ainda mais excitante... Ninguém me tocava, exceto meu Dono... a minha pele só sentia as Suas mãos. Continuava a ser apenas Dele! Ele reclamava a Sua posse e eu entregava o que já era Dele.

Permanecemos mais um pouco, deitados e abraçados, e continuei a observar o que se passava à minha volta. Depois descemos até ao bar onde me perguntou o que tinha achado. Respondi que ia de encontro ao que imaginava, e que me dá mais prazer mostrar do que ver! Agradeci o facto de não me partilhar. Bebemos mais uma bebida e abandonamos a casa.

Entramos no carro e logo no início da viagem de regresso...acordei!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sonho I

Tenho tido uns sonhos estranhos! Não são bem estranhos...são diferentes dos que costumo ter. Não tenho por hábito analisar sonhos, tentar descobrir o seu significado mas estes... gostava de entender não o seu significado mas as emoções que me despoletam!

Um deles começa num bar igual a tantos outros. Estou sentada numa mesa com pessoas que não conheço e ao meu lado está o meu Dono. Todos conversam e eu limito-me mais a ouvir, a tentar perceber o que o meu Dono sente e pensa naquele momento. Quero tocá-Lo, mimá-Lo mas tenho receio que não seja o local apropriado. Tenho de perceber que sou Sua submissa e não Sua namorada! Tento limitar-me a essa posição.
 
De repente meu Dono mete a mão por baixo da minha blusa, puxa os seios para fora do soutien e mostra-os publicamente. Orgulho-me das marcas que possuo e lamento não ter mais para mostrar. Estou contente por Ele me querer usar, por ter vontade de me ver, tocar e mostrar. Aperta-me os mamilos infligindo-me alguma dor que suporto com orgulho. Os seios são Dele e Ele faz com eles o que bem entender. Depois de brincar um bocadinho ordena que os recolha e depressa voltam para o seu lugar, escondo-os novamente com a esperança que Ele volte a querer tocá-los.

Algum tempo depois abandonamos o bar e paramos no meio de uma rua muito movimentada, há muitas pessoas paradas, a conversar em grupo, e outras que circulam de um lado para o outro, num frenesim de uma noite de verão. A agitação dos outros não me incomoda, eu estou em paz e tranquila porque estou com o meu Dono e nada mais me interessa senão provar-lhe que sou Dele.
 
À porta do bar meu Dono ordena-me que exponha os seios novamente e diz-me que a partir daquele momento deverei mantê-los dessa forma até ordem em contrário... Não penso duas vezes e limito-me a baixar as copas do soutien e, forçando o decote da blusa, coloco os seios à mostra. A sensação de estar no meio da rua assim exposta...excita-me! Agrada-me a vontade com que Lhe obedeço.

Começamos a caminhar pela rua e eu... gosto de sentir os meus seios expostos, os olhares de quem se apercebe, mas principalmente gosto que o meu Dono reclame a Sua posse, porque nesse pequeno ato demonstro-Lhe (e ao mundo também!) a quem pertenço. Cumprir aquela ordem dá-me um prazer imenso, estimula-me... 

Quando sonho com exposição, com nudez não costuma ser bem um sonho mas mais um pesadelo. A vergonha e o pudor apoderam-se de mim e eu só tento esconder-me mas...desta vez...foi diferente...deu-me mesmo gozo! Excitou-me de várias formas. Espero voltar a sentir o mesmo mais vezes, ter prazer em demonstrar a minha submissão.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Depois do castigo

Ontem foi dia de castigo, o que há dias me atormentava o pensamento já aconteceu. Não foi mau como imaginava...porque o meu Senhor é meu amigo e aplicou apenas a punição que achou conveniente e não a que eu pedi num momento de loucura! O meu Dono é justo e responsável e não se deixa levar pelos meus devaneios de heroína! Por isso confio Nele e o respeito.

Pela primeira vez, ontem, deu-me instruções sobre o que vestir para a sessão e isso...bem...por ser novidade fez-me recear e imaginar o pior... Achei logo que me iria testar e que me iria usar de forma diferente...Fui ao Seu encontro com a imaginação ao rubro mas...sem medo. E, pensando bem, até usou...conversamos muito durante a sessão, fez-me muitas perguntas, obrigou-me a pensar no futuro, no que quero para mim e para nós, e fez-me rir...

Uma das coisas que mais prazer me dá, quando estou com o meu Dono, é quando me aninho junto Dele... encaixo o meu corpo no Dele... é a minha nova zona de conforto! Sinto-me leve, desejada, aceite, protegida...feliz e em paz! O que mais me custa é deixá-lo partir... Ele diz que sou muito baunilha... talvez seja! Mas sou um pouco de tudo... e ser também baunilha não tem mal nenhum... até porque sei que Ele também gosta dos momentos abaunilhados!

Hoje, mal acordei, fui ver as marcas do meu corpo... não são muitas mas as que existem estão bem visíveis. Fiquei a olhar para elas durante algum tempo e a pensar como gosto de ser marcada... Primeiro porque significam a minha submissão/entrega perante o meu Dono, depois porque simbolizam o prazer que Ele extraiu de mim... Tenho orgulho em cada uma delas e lamento apenas que não durem mais tempo...

Depois de estar com Ele só me posso sentir grata por tudo o que Ele me proporciona. Obrigada meu Senhor, meu Mestre! Obrigada!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Castigo

Odeio castigos! Ser castigada é reforçar a ideia que errei e que o erro foi grave. Não chega uma chamada de atenção, não chega um sermão é preciso punir o ato para mostrar a seriedade do mesmo. Quem pune fá-lo porque não pode perdoar, porque não pode deixar o erro passar sem consequências.

Eu conheço as minhas obrigações para com o meu Dono e também sei que neste momento não são muitas. Exige-me muito pouco nesta fase inicial e falhar é tremendamente injusto. Mas às vezes, por um motivo ou outro, não consigo cumprir o pouco que me é exigido... porque as condições são diferentes, porque o que me rodeia não permite que o faça facilmente, porque algo se altera... Desculpas que não deixo de invocar mas que o meu Dono não quer saber.

O castigo varia, entre o físico e o psicológico, mas todo ele tem dor associada. A punição de hoje vai ser física. Já a conheço há uns dias, desde que errei, mas agora que está próxima a hora... fico agitada. Não espero perdão nem compaixão só espero conseguir suportar o castigo até ao fim e aprender com ele que o meu Dono está acima de tudo e não voltar a cometer o mesmo erro.

Também sei que a culpa é inteiramente minha, não cumpri a obrigação, não Lhe pedi para ficar isenta da mesma naquele dia nem sequer Lhe pedi desculpa por não a ter cumprido. Esperei que entendesse a minha situação simplesmente porque sim! Se tivesse apelado à Sua compreensão meu Dono teria com certeza livrado-me da mesma e não estaria agora nesta situação. E é por isso que mereço o castigo... por ter ignorado a obrigação até Ele ma ter recordado no final do dia. Fui desobediente inconscientemente.

Eu preferia sentir a dor que se avizinha como um desafio em vez de um castigo. Iria muito mais segura de mim mesma ao Seu encontro, mais confiante no meu caminho e crescimento. A vergonha que sinto por ter falhado, por não corresponder às Suas expectativas, pelo desrespeito que demonstrei em ignorar uma obrigação é quase suficiente para servir de punição! Meu Dono também preferia submeter-me à dor por prazer em vez de ser por punição.

Cada vez que eu falho...falhamos os dois. Eu porque não aprendi a lição, Ele porque não a ensinou convenientemente. E por isso... dói a ambos!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Revelar-me

Relacionar-me com pessoas nunca foi o meu forte. Demoro muito tempo para me revelar seja a quem for, por medo de ser mal compreendida, por timidez ou por achar que não tenho nada interessante para oferecer. Preciso de sentir confiança e segurança no outro para me revelar e isso, por norma, demora muito tempo. Não quer dizer que por vezes não me engane, que acabe por confiar sempre nas pessoas certas... não...às vezes erro no juízo mas aprendo com os erros.

Pela primeira vez tenho uma relação que exige uma entrega total e que não permite esconder nada, tudo tem de ser revelado para que a mesma funcione corretamente. Para poder crescer tenho de confessar os medos, as alegrias, as dúvidas, as certezas, os limites, os objetivos, etc., ao meu Dono. Mas não é fácil! Habituada a guardar muita coisa só para mim, ter de partilhar tudo é complicado. Não porque queira esconder mas porque temo revelar o desinteressante que há em mim!

Mas o que mais estranho nesta relação é o à vontade que tenho quando estou com Ele para demonstrar o que sinto. Nunca me vi como uma pessoa carinhosa e, no entanto, com Ele não me canso de o ser. Se tenho vontade de O acariciar, de O beijar... faço-o e sem qualquer receio. Toco-Lhe sempre que desejo, sempre que necessito de sentir a Sua pele na minha e... a melhor parte é que Ele sempre retribui o meu gesto. Isso aumenta a confiança em mim mesma e liberta uma parte de mim que nunca ousei mostrar.

Também estranho a facilidade com que deleguei Nele toda a responsabilidade. Normalmente gosto de controlar o que acontece, saber para onde vou e com o que contar, ter o poder de decisão do meu lado. Mas com o meu Dono isso não acontece...limito-me a segui-Lo. Não quero dizer que perdi a minha racionalidade mas... não sinto necessidade de a usar para ponderar cada momento. Não faço listas de prós e contras antes de agir... deixo-me guiar por Ele.

É óbvio que por vezes surgem dúvidas, porque tudo isto é novo para mim, porque nunca pertenci a ninguém mas... Ele está sempre disponível para me esclarecer, para me ajudar a compreender o que sinto e porquê. Só lamento não ser capaz de O questionar de imediato, ainda tento encontrar muitas respostas sozinha e isso faz-me perder tempo, deixa-me agitada desnecessariamente. 

Estamos juntos há muito pouco tempo... e já não consigo imaginar-me sem Ele a meu lado. Quanto mais próxima Dele melhor me sinto, mais confiante, segura, protegida e desejada. Sinto-me como nunca antes me senti.