segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Reinício

Há um mês que me sinto no limbo, ora tenho vontade de continuar no BDSM, ora quero desistir de tudo. Continuo sem saber onde me encaixo (se é que encaixo!) e mais do que aquilo que quero... tenho descoberto aquilo que não quero. Talvez seja sinal que não pertenço a este mundo, que esta filosofia de vida não é para mim.

Procurei no BDSM uma forma de crescer, de me tornar uma pessoa melhor (mais sensata, confiante, decidida, equilibrada e tranquila), tentar corrigir a minha inadaptação ao mundo real, seguir os meus desejos e concretizar fantasias, estar melhor comigo mesma e com o mundo que me rodeia. Encontrei o prazer e a dor mas não sei se cresci. 

Nunca quis deixar de ser quem sou, anular-me ou sentir-me diminuída. Queria aceitar-me, guardando o que de melhor tenho e corrigindo as falhas. O objetivo não era tornar-me noutra pessoa, nem moldar-me apenas à imagem do outro, mas libertar o "eu" escondido.

Tenho prazer na submissão, em servir o outro, mas primeiro tenho de aprender a servir-me a mim mesma. A minha felicidade não pode depender do outro mas vir de dentro de mim. Agradar-me é o meu novo objetivo. Um novo caminho se inicia e mais uma vez não sei se estou pronta para ele.


5 comentários:

  1. Quem não nos come nem nos quer comer não é de confiança. Quem nos quer comer SÓ de uma forma específica não é igualmente de confiança, liminarmente seja baunilha ou não: "ou há vontade de foder ou está tudo fodido.
    Há demasiado "mind fuck" no meio BDSM.

    Senhor F.

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  2. Senhor F.

    Obrigada pelo comentário. No BDSM há de facto muito "mind fuck" e eu não estou preparada para ele.

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  3. Na comunidade andam todos muito preocupados com regras (SSC, RACK) e protocolos diversos. Ninguém é avisado que a comunidade está infestada de sociopatas (vindos de todos os lados, há anos uma Dominatrix avisava-me que "vais-te meter com tarados" que te vão usar para satisfazer as suas taras).
    Sinceramente acredito que toda a verdade está no corpo e a alma deve cuidá-lo e servi-lo e não o contrário...
    É pena ver-te refractária à submissão, tu terás as tuas razões.

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  4. Conheço casais baunilha "à antiga portuguesa" onde há mais violência e códigos de submissão que numa relação D/s. Simplesmente não ritualizam nem chegam à parte do BD, ficam-se pelo sexo à bruta, alguns jogos com recurso a palavrões ( tás a gostar minha puta?... etc)
    Normalmente isto acontece em casais que ela não trabalha.

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  5. Obrigada a ambos pelos comentários, foram eles que deram o mote para o post de hoje!

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