segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Sem Dono

Hoje o que tenho para dizer entristece-me. Já não tenho Dono, foi-me retirada a coleira ontem (precisamente no dia em que fazia três meses que o conheci!) A relação, que não chegou a durar dois meses, foi a melhor que tive até hoje e será sempre recordada com nostalgia. Foi com ela que tive a certeza de ser submissa, foi com ela que aprendi a ter prazer na submissão e percebi que há ainda muitas etapas pela frente até chegar ao meu destino.

Por muito que possa custar a ambos, a separação foi a melhor opção. Eu não podia entregar o que me era pedido e o Senhor não podia aceitar menos do que exigia. Depois de uma longa conversa, em que ambos aceitamos não ceder, o fim chegou. Aprendi muito, especialmente sobre mim, descobri limites que desconhecia, ultrapassei outros, obtive muitas respostas e coloquei-me muitas questões. Certezas, dúvidas... a vida é mesmo assim!

Neste momento quero agradecer ao Senhor que me acompanhou, me orientou, e investiu em mim o seu tempo e sabedoria. Sem ele as certezas que tenho hoje não existiriam, sem ele não seria quem sou. Estou-lhe grata por me ter libertado quando viu que eu seria incapaz de o fazer sozinha (porque era dele, porque ainda me sinto dele). Agradeço tudo o que fez por mim, tudo o que me ensinou, todo carinho e afeto, e principalmente pela companhia que me fez, sem nunca me deixar sentir sozinha. Louvo ainda a sua amizade, que se mantém independentemente da nossa relação de Dono/sub ter terminado.

Nunca vou esquecer aquele que foi o meu primeiro Dono, marcou-me para a vida e terá sempre um lugar especial no meu coração. Guardo na memória as coisas boas, o prazer e a dor que me facultou. Neste momento sinto-me frágil sem a sua proteção, sinto-me carente sem o seu afeto, sinto-me diminuída sem a sua presença. Só o tempo dirá se voltarei a ter força para recomeçar o caminho, por agora quero manter-me imóvel por uns instantes, deixar a "ana" submissa descansar e colocar a "ana" racional a comandar de novo a vida.

Nada acaba, tudo se transforma...

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