quarta-feira, 15 de junho de 2011

Primeiras impressões

Embora não me sentisse preparada para assumir uma relação, fosse D/s ou baunilha, a minha curiosidade não diminuiu, pelo contrário, cada vez ficava mais ávida e por isso continuei com as pesquisas.

Comecei a reparar na grafia utilizada: Dominação sempre com "D" e submissão sempre com "s". Percebi que facilmente, desta forma, se distinguia a posição de cada elemento da relação. Concluí que tinha escrito bem o meu nick: anag (foi apenas coincidência mas dessa forma todos saberiam que me identificava como submissa). Inicialmente pareceu-me impor superioridade ao Dom e inferioridade à sub e... não gostei. Só quando percebi que esta distinção gráfica funciona como uma forma de mostrar respeito pelo Dominador é que a aceitei e passei a usá-la sem qualquer preconceito.

Depois percebi a importância do "SSC" - São, Seguro e Consensual - e que tudo gira à volta destas três palavras, se alguma não estiver incluída deixa de ser uma prática de BDSM e passa a ser uma perversão. O conceito de D/s, para mim, é uma relação construída a dois, pelos dois e para que ambos possam crescer juntos de forma saudável e segura.

Mas o que mais me impressionou foram algumas formas de controlo mencionadas nos textos que lia e que podiam estar implícitas numa relação D/s, como o Dom controlar a sub desde a forma como vestir, fumar, falar, masturbar até às necessidades mais básicas como comer ou dormir. Delegar estes direitos pareceu-me excitante mas... desde que não fosse permanentemente. Perder a minha liberdade, a minha identidade não era o que pretendia. Eu queria melhorar, evoluir e não anular-me.

À medida que ia pesquisando a minha opinião ia alterando. Às vezes tinha a certeza que D/s era o que desejava, outras não me conseguia imaginar como sub, 24/7 tanto fazia sentido como não... Eu desejava entregar-me e servir mas não me sentia preparada para o que era exigido de mim enquanto submissa. Parecia que eu só teria deveres e o Dom só direitos. Questionava-me se isso me poderia agradar, o que tinha a ganhar com este tipo de relação e como podia crescer e evoluir... Mas, teimosa como sou, continuei a pesquisar e algum tempo depois encontrei as respostas para que hoje tenha a certeza que é o que quero e preciso.


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