sábado, 11 de junho de 2011

Quem sou

"Aquele que sabe mandar encontra sempre quem deva obedecer" - Nietzsche 


Quem eu sou ainda não sei e é, precisamente, isso que pretendo descobrir. Trinta e seis anos de indefinição, dormência, conflitos interiores e muitas crises existenciais ainda não me deixam assumir o que sempre senti ser: submissa.

Toda a vida lutei contra o que a minha alma precisa e excita o meu corpo. Submeter-me a alguém vai contra o meu feitio, pensamento racional e espírito rebelde.
Adoro sentir-me livre, não ter de explicar decisões e usufruir do direito à escolha. No entanto, sonho com a entrega da minha liberdade, confiança cega na sentença e abdicação do livre-arbítrio.

Procuro o equilíbrio, a tranquilidade e o crescimento que só o outro me pode ajudar a alcançar. Quero aprender a amar incondicionalmente, delegar o meu bem-estar, experienciar com todos os sentidos e servir com devoção.

Mas primeiro preciso de me libertar das cordas invisíveis, que me aprisionam num mundo sem sentido, para me deixar amarrar com cordas reais e, assim, sentir-me verdadeiramente livre pela primeira vez.
Acordar do coma a que me induzi, durante anos, foi o primeiro passo. Agora que despertei só a mudança faz sentido e iniciar um novo caminho é a causa e, simultaneamente, o efeito da minha felicidade.

Depois de seis meses de pesquisa, análise e reflexão começo a aprender a definir o que quero e a descobrir o que não quero. Aceitar a minha vontade, os meus desejos e fantasias é essencial para a minha sanidade mental. Andei demasiado tempo perdida e agora que me encontrei não posso recuar para aquela que já fui... tenho de avançar!

É sobre esse caminho, que vai ainda no início, que quero escrever, partilhando as etapas que me levarão à minha meta: encontrar quem me conquiste, domine e aceite a minha submissão.

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