domingo, 8 de abril de 2012

O outro blogue

Durante o tempo que não escrevi neste blogue, cerca de três meses, escrevi quase diariamente num outro blogue. O Mestre andava muito ocupado e dizia que o interrompia demasiadas vezes, que o desconcentrava do que estava a fazer e que tinha de trabalhar. Ainda por cima, sendo impaciente, eu cedo reclamava a ausência de resposta ou...a quase ausência de letras na resposta.

Mais uma vez desencoleirada, sem saber muito bem porquê, resolvi abrir um blogue novo, onde escreveria sem censura, a ideia era torná-lo anónimo. Mas cedo me percebi que facilmente me reconheceriam, nas palavras, na forma, e achei melhor torná-lo privado. A única pessoa com acesso foi o Mestre. Uma semana depois...estava de novo encoleirada e esse...passou a ser o "nosso" blogue.

Dessa forma deixava de incomodar o Mestre, quando ele tinha disponibilidade visitava-o. Eu ficava contente por ele me ler e no início...fazia-o quase diariamente. Para assuntos mais urgentes, mantínhamos os mails e os sms mas...eram raros. Mas de "nosso" tinha muito pouco! Era o "meu blogue", o "meu monólogo". Raramente tinha um comentário, um elogio ou uma correção. Raramente tinha resposta às minhas dúvidas.

Sempre que regressei para o Mestre...sempre que  me humilhei e rastejei para o "redil" havia sempre um preço a pagar. Não era bem um castigo...a parada aumentava. O blogue passou a ser local de confissões. Nesse blogue eu fazia relatórios sobre os momentos que passávamos juntos. Descrevia o uso, o abuso, a minha entrega e submissão, a posse sobre mim. Descrevia quem eu era, o que pensava e sentia. Falava sobre mim, sobre o Mestre, sobre a "nossa relação" e sobre as consequências das outras submissas do Mestre.

Há um mês atrás cortei-lhe o acesso, há quinze dias, porque mo questionou, voltei a dar-lhe acesso ao mesmo. Há uma semana que não me lê! Hoje desejei-lhe um bom domingo, mais doce (como não gosta de resquícios da santa igreja!). Eu gosto que ele me leia...simplesmente detesto que não me responda, que não comente, que não acrescente nada ao meu monólogo!

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Sou, não sou? Eu ainda não sei como o Mestre me "aturou" durante tanto tempo! Mas eu digo que não, que se estiverem atentos...sou muito fácil de entender e...digo tudo de forma clara e objetiva! Digo eu!

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