Uma simples conversa

Ontem à tarde, ainda mal tinha chegado a casa, e surgiu um convite para tomar café! Já havia declinado um mas por este...fiz um esforço. Estava verdadeiramente cansada. Assimilava o que ouvira, ansiava por chegar a casa, esticar-me na minha cama, refugiar-me na minha zona de conforto. Mas entre a cama e as possibilidades desse café...escolhi o esforço, escolhi dar o passo e aceitar.

Antes de sair de casa, tive apenas tempo de...fazer asneiras. Estou demasiado formatada! Continuo a querer estabelecer contacto com o Mestre mas...em vão. É óbvio que depois me arrependo, até porque a "relação" está terminada, não há volta a dar, a opção foi-me dada e a minha escolha foi saltar fora! No entanto custa-me saber que oito meses se transformaram num silêncio quase absoluto. Se eu não gostasse do Mestre não tinha estado do seu lado, não o tinha tentado acompanhar...É óbvio que quero vê-lo como um amigo mas...o silêncio imposto faz-me duvidar sobre muita coisa.

Finalmente no café onde combinei, encontrei quem me tinha convidado. Mais conversa, mais aprendizagem...mais crescimento. A mesma palavra que ouvira em Outubro e me fizera pensar: diversão. Não! Diversão não era a palavra que eu escolheria para definir a minha relação D/s. Havia momentos de diversão mas...eram apenas isso, momentos! A "relação", em si, nada tinha de divertida, era prazerosa na medida em que eu me entregava e era possuída mas...diversão não havia muita!

A posição assumida e aceite por cada um não permitia grande diversão, houve sempre alguma distância o diálogo nem sempre fluiu. Mas sempre insisti nela, como numa fé ridícula... Na mesa do café decido "desapaixonar-me" e com a ajuda de um pequeno teste...começo a destruir a imagem "romantizada" do Mestre, aquela que ainda me prende, aquela em que ele me fez sentir especial e única.

O teste é muito fácil mas as emoções que despoleta... são fortes e dolorosas (Pode ser encontrado em http://desenvolvimento-pessoal.blogspot.pt/) Regressei a casa caminhando, pensando e refletindo em tudo o que aconteceu nos últimos dias, nos últimos meses. Cada vez que olho para o papel...ganho força! Recordo todas as emoções e recordo também o momento em que vi a verdade!

Hoje é quinta-feira mas quintas...já não são o que eram! Fico contente por isso! Assim que acordava já sabia como ia terminar a noite e eu...gosto pouco de rotinas! Por isso estar com as minhas amigas, ir a Aveiro...tem um significado especial...a energia transforma-se. Como uma delas descreve: "...houve tempo para tudo! Para rir, para chorar, para suspirar, para desejar, para fantasiar, para planear e para soltar aquilo que se vai guardando e que depois fica por baixo de todas as outras camadas e nunca mais de lá sai."